VIVENDO A VIDA NO ESPÍRITO SANTO
Quero fazer o desvelamento do tema partindo do pressuposto que vida
também pode ser sinônimo de tempo. E é justamente o que quero partilhar
com vocês, ou seja, o que o Espírito Santo tem falado ao meu coração
nestes últimos dias. Estamos vivendo o que a própria Igreja nos diz: “Os últimos tempos, que estamos vivendo, são os tempos da efusão do Espírito Santo”
– CIC 2819. É sabido que este tempo é marcado por algumas
características, entre elas o derramamento sobre todo ser vivo, curas,
milagres, prodígios, enfim, tempo das realizações das promessas e que
nós, pregadores, não podemos ficar de fora desse mover do Espírito e,
principalmente, levar tantos a fazer as mesmas experiências. Para que
vivamos com intensidade este momento, penso ser salutar rememorar o que
os bispos disseram à Renovação no documento de La Ceja de 1987 quando os
mesmos elencavam que “A grande fundamentação teológica da Renovação
espiritual carismática está, portanto, no Mistério Trinitário e,
particularmente, no conhecimento progressivo da Pessoa do Espirito Santo
e em sua ação insubstituível e ininterrupta na Igreja e em cada um de
nós” - Pág. 10,18.
Conhecer a pessoa do Espírito, sua ação na Igreja e em cada um de
nós, nos conduz à intimidade com o mesmo. Os profetas no Antigo
Testamento eram conhecidos, ora como homens da Palavra, ora como homens
do Espírito. Não podemos nos dar ao luxo de achar que já O conhecemos,
ou que já vimos de tudo pois como já alertava São Paulo “coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração imaginou tais são os bens que Deus tem preparado”
– I Cor 2,9. Portanto, amados irmãos, quanto mais encharcados da Sua
presença, quanto mais entregues ao Espírito, melhor iremos compreender e
viver este tempo.
Para aprofundarmos um pouco mais é preciso compreender a outra
vertente desse tempo do Espírito. Para isso, mais uma vez, a Igreja nos
ensina “O tempo presente é, segundo o Senhor, o tempo do Espírito e
do Testemunho, mas é ainda um tempo marcado pela ‘tristeza’ e pela
provação do mal, que não poupa a Igreja e inaugura os combates dos
últimos dias. É um tempo de expectativa e de vigília” – CIC 672.
Esta segunda vertente, infelizmente, tem sido o grande obstáculo e o
motivo que tem levado muitos pregadores a esvair-se de seu ministério.
Lembre-se que em Atos 1,8 Jesus deixa claro a propriedade da vinda do
Espírito “Mas recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas”.
Percebam que o fato de pregarmos a Palavra não significa, na íntegra,
que nos tornamos testemunhas. Se analisarmos a teologia do testemunho, o
mesmo também pode ser identificado como martírio, ou seja, confirmar de
algum modo, com palavras, exemplos e, principalmente, no
desenvolvimento da nossa vida, pois, ser testemunha é um caminho, um
crescente no conhecimento e adesão ao Espírito.
É preciso, irmãos, sairmos da escolta do ambão, do microfone, dos
roteiros e da mediocridade de uma vida de oração de conveniência, onde
nos preparamos apenas quando vamos pregar. É preciso, como nos orienta a
Igreja, sermos combatente, pois, “ainda não tendes resistido até o sangue na luta contra o pecado” -
Hebreus 12,4. Deus nos chama a sermos autênticas testemunhas em uma
sociedade cada vez mais vazia e desprovida dos valores evangélicos.
Levantemo-nos para vivermos na íntegra o tempo do Espírito. Marchemos!
Ivan Candido de Moraes
Secretário Geral da RCC/DF e membro do
Núcleo Nacional do Ministério da Pregação.
Núcleo Nacional do Ministério da Pregação.
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