Por que alguns não concordam com a Igreja?

Jesus fundou a Igreja sobre São Pedro e os Apóstolos para ser “porta-voz” na terra. Disse a eles:
“Quem vos ouve, a Mim ouve; quem vos rejeita, a Mim rejeita, e quem Me rejeita, rejeita Aquele que me enviou” (Lc 10,16).
Quer dizer, quem não ouve a Igreja, não Me ouve! Quem não obedece a Igreja, não obedece Jesus.
Jesus ainda disse a eles:
“Não temais, pequeno rebanho, porque foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino” (Lc 12, 32). “Ide pelo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15).
Como, então, não concordar com a palavra da Igreja? O Pai mandou o Filho para salvar o mundo; o Filho enviou a Igreja.
Na Santa Ceia, na despedida dos Apóstolos, Jesus fez várias promessas à Igreja, o seu “pequeno Rebanho”.
“Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade… vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós”. “Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14,15.25).
Ora, como a Igreja poderia ensinar algo errado se o Espírito Santo permanece sempre com ela e lhe “ensina todas as coisas”?
Jesus ainda lhes disse:
“Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade…” (Jo 16,12-13).
Como a Igreja poderia ensinar algo errado, ou inconveniente, se o Espírito Santo lhe ensina sempre “toda a verdade”?
Além disso, o próprio Jesus está na Igreja; pois Ele prometeu, antes de subir ao céu: “Eis que Eu estou convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,20). Ora, como a Igreja poderia errar se Jesus está com ela todo tempo? É impossível! É por isso que São Paulo disse a São Timóteo:
“A Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3,15).
É por causa de tudo isso que o nosso Credo tem 2000 anos, e nunca mudou e nem vai mudar; porque é a expressão da verdade que salva. A mesma coisa os Sacramentos, os Mandamentos, a Liturgia. A Igreja já teve 266 Papas e nunca um deles cancelou um ensinamento doutrinário que um antecessor tenha ensinado. Já realizou 21 Concílios universais, e nunca um deles cancelou um ensinamento de um anterior. O Espírito Santo não se contradiz.
Logo, como não concordar com o que Igreja ensina? Isso seria um ato de orgulho espiritual da pessoa, que acha que sabe mais do que a Igreja. Longe de nós isso.
Podemos até não conseguir viver o que a Igreja ensina – isso é compreensível por causa de nossa fraqueza – mas, jamais poderemos dizer que a Igreja está errada ou que eu não concordo com o que ela ensina. Ela não ensina o que quer, mas o que o Seu Senhor lhe confiou.

 

O que é o encontro

A Renovação Carismática Católica do Brasil se prepara para realizar a 32ª edição do seu Congresso Nacional. Neste ano de 2016, os carismáticos se reunirão no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, entre os dias 07 e 10 de julho.
O Congresso Nacional é um momento para reunir toda a família carismática, tanto aqueles que já participam ativamente da vida do movimento em seus Grupos de Oração, como aqueles que querem conhecer um pouco mais sobre a RCC.
O evento é marcado por momentos de oração, louvor, escuta profética, pregações e partilhas fraternas.  No Congresso Nacional, podemos acolher os direcionamentos de Deus para a RCC do Brasil, o que nos permite aprofundar na misericórdia do Senhor. Misericórdia que é o tema vivido este ano por toda a RCC do Brasil.

TEMA
O XXXII Congresso Nacional tem o tema central inspirado no Salmo 117 que diz: “Eterna é a sua Misericórdia”.
A inspiração desta temática está dentro da moção que a Renovação Carismática tem vivido neste ano de 2016 – “Sede misericordiosos como o Vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36).

Programação

07 DE JULHO – QUINTA-FEIRA
14h00 Credenciamento e abertura da Editora RCCBRASIL
19h30 Missa de Abertura na Basílica     
21h30 Encerramento

08 DE JULHO – SEXTA-FEIRA
7h30 Santo Terço
08h00 Início - Animação / Oração Inicial
09h00 Abertura e acolhida
09h30 Pregação 1: "Batismo no Espírito Santo, um Ato da Misericórdia Divina"
10h20 Oração
10h50 Comunicação de Palco
11h00 Intervalo
11h30 Animação / Louvor
11h40 Oração Carismática
12h20 Comunicação de Palco
12h30 Intervalo do Almoço
14h00 Animação / Louvor
14h30 Institucional
15h00 Pregação 2: "Grupo de Oração, Hospital de Campanha"
15h50 Oração
16h20 Testemunho
16h50 Comunicação de Palco
17h10 Intervalo
17h40 Santa Missa
19h00 Intervalo
20h00 I Noite Carismática
21h30 Encerramento

09 DE JULHO – SÁBADO
07h30 Santo Terço
08h00 Animação/louvor/Oração Mariana
09h00 Pregação 3: "Maria, Esposa do Espírito Santo"
09h50 Oração
10h20 Institucional
10h40 Comunicação de Palco
10h50 Intervalo
11h20 Animação
11h30 Partilha sobre o Retiro do Conselho Nacional na Terra Santa
12h00 Lançamento do Jubileu de Ouro
12h30 Intervalo do Almoço
14h00 Animação/louvor/Apresentação das Crianças
14h30 Teatro "O Filho Pródigo"
14h50 Pregação 4: "Deus não se cansa de perdoar"
15h35 Oração
15h50 Comunicação de Palco
16h00 Intervalo
16h20 Animação/louvor
16h30 Pregação 5: "Misericordiosos em Deus"
17h20 Oração de Cura Interior
18h00 Santa Missa
19h30 Intervalo
20h30 II Noite Carismática
21h30 Encerramento

10 DE JULHO – DOMINGO
07h30 Santo Terço
08h00 Adoração ao Santíssimo Sacramento
09h00 Pregação 6: “Eis que faço nova todas as coisas”
09h50 Oração
10h20 Testemunho
10h50 Intervalo
11h10 Santa Missa
12h40 Encerramento
*Programação sujeita a alteração
Fonte: RCCBRASIL

O cansaço existencial: por que tudo me cansa?

Por que as coisas nos cansam tanto? Será que estamos cansados de viver, ou talvez cansados até de nós mesmos? Que tipo de cansaço nos pesa mais: o físico, o psicológico, o espiritual?
Chama a atenção como os grandes santos dormiam pouco, comiam pouco, trabalhavam muitas horas e dedicavam um longo tempo à oração. E estavam sempre alegres, inclusive quando seu corpo parecia destruído. Ficavam esgotados, mas não cansados de doar-se a Deus e aos outros. Neles se cumpria a máxima de São João da Cruz: “A alma que anda no amor não cansa nem se cansa”.
Os grandes santos estavam enamorados de Cristo, Esposo e Senhor, e se deixavam amar por Ele. Em suas vidas, sempre houve sofrimento, contrariedades, desprezos, traições. Mas eles nunca perderam a alegria. Sim, enamorados de Cristo, entregaram-se completamente.
Então, por que hoje, na Igreja, há tantas pessoas cansadas? O que acontece?
São múltiplos e muito variados os motivos do cansaço. O cansaço físico contínuo, sem o apoio do Espírito Santo, causa desgaste psicológico. Daí se passa à falta de motivação para orar, para estar diante do Senhor, para deixar-se tocar pela Palavra. Apaga-se a vida espiritual, a relação com o Amado e, por conseguinte, chega a exaustão espiritual, a preguiça.
cansaço psicológico pode vir pela desordem da vida, pela contínua mudança de horários, pela inconstância nas tarefas, pela bagunça ou falta de limpeza no quarto ou sala de trabalho, pela compensação na comida, pela falta de vontade em tudo.
Há cansaço pela forma de enfrentar os trabalhos, as contrariedades, os fracassos, os conflitos. Há cansaço quando o trabalho (escolar, manual, intelectual, familiar) é vivido com voluntarismo ou perfeccionismo; quando a pessoa estabelece metas acima das suas possibilidades, ou baseada na comparação ou inveja com relação aos resultados dos outros, ou com o desejo de superar todos. Isso esgota e causa insatisfação.
No cristão, o cansaço pode chegar quando não se confia no Senhor, quando não se coloca em suas mãos as próprias lutas, esperanças, problemas, fracassos, angústias; quando a pessoa se instala no ceticismo ou se apega a pequenas preocupações; quando se dá muita importância ao que é transitório, insignificante, efêmero.
cansaço pode aparecer na vida do cristão também quando falta humildade para pedir ajuda diante das dificuldades ou problemas, e a pessoa quer resolver tudo sozinha, fechando-se cada vez mais em si mesma, contando somente com suas forças, o que leva a um fracasso maior ainda.
Como enfrentar o cansaço físico e psicológico, para manter o tônus espiritual?
“Vinde a mim todos os que estão cansados, e eu os aliviarei” (cf. Mt 11, 28). A vida não os pertence. Tudo é de Deus. Dele viemos e a Ele voltaremos. Enquanto caminhamos nesta terra, Jesus Cristo está sempre ao nosso lado, sustentando, motivando, iluminado nossa existência.
Ele conhece nossas alegrias e tristezas, nossas esperanças e angústias, nossas luzes e sombras, nosso combate interior. O que Ele deseja é que contemos com Ele, que estejamos sempre na sua presença, que Ele habite no mais íntimo da nossa interioridade.
Ser cristão não nos poupa de lágrimas, mas dá sentido aos nossos sofrimentos. Ser discípulos de Jesus aumenta o “peso” da vida – segundo os critérios do mundo. É verdade. Mas o próprio Jesus nos disse: “Tomai o meu jugo”. E acrescentou: “Porque meu jugo é suave e meu peso é leve” (cf. Mt 11, 30).
O jugo é suave porque é sua amizade incondicional; e o peso é leve porque Ele o carrega conosco. Carregamos um tesouro em vasos de barro, para que se veja que uma força tão extraordinária vem de Deus, não de nós.
Deus é fiel e não permitirá que sejamos tentados acima das nossas forças; pelo contrário, com a tentação, encontraremos também a maneira de poder suportá-la (cf. 1 Cor 10, 13).
Artigo de Miguel Ángel Arribas, publicado originalmente pelo Seminário Conciliar de Madri
Fonte: Aleteia
 CREMOS NA PROFECIA!
“Jerusalém, volta o teu olhar para o oriente, vê a alegria que te vem de Deus. Olha! Eis que voltam os filhos que viras partir. Chegam do oriente e do ocidente, à voz do Altíssimo, repletos da alegria que lhes dá a glória de Deus”. (Baruc 4,36-37)

 



Pope Francis -- homily - pt


Papa adverte: cuidado com a “santidade de aparência”

Os "santos" de aparência ou os pecadores santificados? Nunca houve dúvida sobre quem Deus prefere


Se você "aprende a fazer o bem," Deus "perdoa generosamente" todo pecado. O que não perdoa é a hipocrisia, “a santidade aparente”. Foi o que afirmou o Papa Francisco na homilia da Missa da manhã desta terça-feira, celebrada na Capela da Casa Santa Marta.
Os santos aparentes, que, mesmo diante do céu se preocupam de parecer mais do que ser, e os pecadores santificados, que para além do mal feito aprenderam a "fazer" um bem maior. Nunca houve dúvida sobre quem Deus prefere, afirma o Papa Francisco, que coloca essa duas categorias no centro de sua meditação.
As palavras da leitura de Isaías – explica no início -, são um imperativo e paralelamente um "convite" que vem diretamente de Deus: "Parem de fazer o mal, aprendam a fazer o bem" defendendo órfãos e viúvas, ou seja – sublinha Francisco – "aqueles que ninguém recorda ", entre os quais, continua o Papa, há também os "idosos abandonados, as crianças que não vão à escola” e aqueles “que não sabem fazer o sinal da cruz. Atrás do imperativo e do convite há substancialmente o convite de sempre à conversão:
"Mas como eu posso me converter? "Aprendam a fazer o bem!". A conversão. A sujeira do coração não se remove como você remove uma mancha: vamos a lavanderia e saímos limpos … remove-se com o "fazer": tomar um caminho diferente, uma estrada diferente daquela do mal. "Aprendam a fazer o bem, isto é, o caminho do fazer o bem. E como faço o bem? É simples! "Busquem a justiça, socorram o oprimido, façam justiça ao órfão, defendam a causa da viúva”. Recordemos que em Israel os mais pobres e necessitados eram os órfãos e as viúvas: façam justiça a eles, vão onde estão as chagas da humanidade, onde há tanta dor … E assim, fazendo o bem, você irá lavar o seu coração”.
E a promessa de um coração lavado, isto é perdoado, vem do próprio Deus, que não leva em conta os pecados de quem ama concretamente o próximo:
"Se você fizer isso, se você vem por este caminho, no qual eu convido você – nos diz o Senhor – ‘ainda que os seus pecados sejam como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve’. É um exagero, o Senhor exagera: mas é a verdade! O Senhor nos dá o dom do seu perdão. O Senhor perdoa generosamente. ‘Mas eu perdôo você até aqui, depois vamos ver o resto …." Não! O Senhor perdoa sempre tudo! Tudo! Mas se você quer ser perdoado, você tem que iniciar o caminho do fazer o bem. Este é o dom! ".
O Evangelho do dia, apresenta, ao invés, o grupo dos astutos, aqueles "que dizem as coisas certas, mas fazem o contrário." "Todos, – disse Francisco -, somos astutos e sempre encontramos um caminho que não é o certo, para parecer mais justo do que somos: é o caminho da hipocrisia":
"Esses fingem de se converter, mas o seu coração é uma mentira: eles são mentirosos! É uma mentira … O seu coração não pertence ao Senhor; pertence ao pai de todas as mentiras, Satanás. E esta é a falsa santidade. Mil vezes Jesus preferiu pecadores a eles. Por quê? Porque os pecadores diziam a verdade sobre si mesmos. "Fique longe de mim, Senhor, que eu sou um pecador! ‘: Pedro disse isso, uma vez. Eles nunca disseram isso mas ‘obrigado Senhor, porque eu não sou um pecador, porque sou justo’… Na segunda semana da Quaresma há três palavras para pensar, para refletir: o convite à conversão, o dom que o Senhor nos dá, isto é, um perdão grande, um grande perdão, e a armadilha, isto é, fingir de se converter, mas tomar o caminho da hipocrisia ".

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Catequese: “Como pai, Deus educa seus filhos e, quando erram, corrige-os favorecendo o seu crescimento no bem”

Mais uma audiência geral do Papa Francisco na praça de São Pedro acompanhado por milhares de peregrinos de todo o mundo, nesta quarta-feira. O pontífice refletiu sobre a relação entre a misericórdia divina e a correção.
Como de costume, antes do início da audiência, o Santo Padre deu uma volta no papamóvel pelos corredores da praça, para, assim, poder cumprimentar mais de perto os fiéis ali reunidos. Muitos levantavam suas faixas e bandeiras, e mostravam sua proximidade e entusiasmo pela passagem do Pontífice. E enquanto isso ele parava de forma especial quando se aproximavam algumas crianças, para dar-lhes a sua bênção.
No resumo da catequese que Francisco fez em português disse o seguinte:
“Na Sagrada Escritura, aparece Deus também com a amargura de um pai desiludido: gerou e fez crescer filhos, que agora se revoltaram contra Ele. Embora ferido, Deus deixa falar o amor e faz apelo à consciência destes filhos degenerados, para que se convertam e se deixem amar de novo. A missão educativa dos pais tem em vista fazer crescer os filhos em liberdade, torná-los responsáveis, capazes de fazer o bem. Mas, por causa do pecado, a liberdade torna-se pretensão de autonomia absoluta e o orgulho leva à contraposição e à ilusão de auto-suficiência. A consequência do pecado é um estado de desolação geral. Onde se rejeita Deus e a sua paternidade, não é possível haver vida: a existência perde as suas raízes, tudo acaba pervertido e aniquilado. Mas também esta dolorosa situação visa a salvação. Como pai, Deus educa seus filhos e, quando erram, corrige-os favorecendo o seu crescimento no bem. A provação é enviada para que possam experimentar a amargura de quem abandona Deus, vendo o vazio desolador duma opção de morte. O sofrimento, derivado duma decisão autodestrutiva, deve fazer reflectir o pecador para o abrir à conversão e ao perdão. A punição torna-se o instrumento para fazer reflectir. Vemos assim que Deus sempre quer perdoar ao seu povo: Ele não destrói tudo, mas deixa aberta a porta à esperança. O caminho do regresso não passa tanto pela multiplicação das ofertas rituais do culto – que devem exprimir a conversão e não substituí-la – como sobretudo pela prática da justiça. O culto sim, mas oferecido com mãos puras, evitando o mal e praticando o bem.”
Em seguida, cumprimentou os peregrinos de língua portuguesa, especialmente os fieis da paróquia Nossa Senhora do Lago de Brasília.
“Amados peregrinos de língua portuguesa, cordiais saudações para todos vós, de modo especial para os fiéis da paróquia de Nossa Senhora do Lago de Brasília. Sobre os vossos passos, invoco a graça do encontro com Deus: Jesus Cristo é a Tenda divina no meio de nós. Ide até Ele, vivei na sua amizade e tereis a vida eterna. Sobre vós e vossas famílias desça a Bênção de Deus!”
Depois de completar as saudações em diferentes línguas, Francisco dedicou umas palavras aos jovens, doentes e recém-casados. Dessa forma recordou que depois de amanhã será a primeira sexta-feira do mês, dedicada à devoção do Coração de Jesus. Por isso pediu aos jovens que passem o dia que lembra a morte de Jesus “com especial intensidade espiritual”. Convidou os doentes a olhar a cruz de Cristo “como apoio para o vosso sofrimento”. E para concluir exortou os recém-casados a exercitar na sua vida conjugal “o jejum das obras do mal e a prática das virtudes”.
Fonte: Zenit